quarta-feira, 13 de abril de 2011

resistência

ser bissexto
estar e não ficar
me aborrece a frequência
a mesmice
fardo, compromisso
a ausência
que não para de falar
o silêncio
quase permanência
é remédio
o ouvido chora
com o tédio
leio as manchetes
garimpo as notícias
os poemas
não se fazem publicar

começos

quando faço a curva
ao dobrar a esquina
se o galo canta
hoje estou na china

quando perco a infância
e a chuva desafina
deve ser na frança
a próxima chacina

já fiquei perdido
sempre estive assim
meus desejos
meus começos
tudo novo pra mim